My Books/Meus Livros

Há muito tempo eu tinha vontade de escrever um livro e a ideia surgiu quando eu fui fazer uma reclamação de um pequeno defeito de uma peça de fogão, que minha mãe tinha comprado. O negócio transformou-se numa novela e então comecei a documentar todas as reclamações que fazia a partir de então. 

Quando meu irmão Fernando leu o fax que eu enviara à fábrica de fogões ele caiu na gargalhada porque eu usara uma expressão pouco comum para tentar explicar porque o assunto acabou virando uma novela. A expressão foi  "o maldito Cliente", pois eu estava sendo tratado dessa forma.

 Algum tempo depois juntei todos os documentos de reclamações que tinha feito e que de alguma forma tinha resolvido o problema, e comecei a escrever um livro, com o título "O maldito Cliente.... quando falha o pós venda". 

Sinopse:

"O maldito Cliente... quando falha o pós venda"

A idéia de escrever um livro a respeito deste assunto surgiu a partir de experiências pessoais que envolveram várias situações, como por exemplo, fazer valer uma garantia de algum produto e/ou serviço, quando o fabricante ou o prestador do serviço cria obstáculos para resolver o problema, tratando seu cliente/consumidor como "maldito" por estar reclamando. O que normalmente acontece é que antes de realizarmos a compra de um produto ou contratação de um serviço, somos assediados de forma até exagerada, com mil promessas, mas basta concretizarmos o negócio para que aquêles que nos assediavam dêem as costas e até desapareçam. Antes estavam sempre à disposição e atendiam ao telefone prontamente, mas após o fechamento do negócio, deixam de atender ao telefone e não são mais encontrados. Basta que tenhamos algum problema com o produto adquirido ou o serviço contratado, e tenhamos que fazer uma reclamação, para que passemos a ser tratados como "maldito Cliente".

Não pretendo aqui entrar no mérito das leis que pretendem proteger os consumidores, pois êsses assuntos, na área jurídica, envolvem muitas interpretações diferentes e, portanto, não é o objetivo do livro.

O objetivo real do livro é chamar a atenção para a atitude dos clientes/consumidores diante de tais situações, quando reclamam (nem todos), mas de forma tímida e normalmente para as pessoas erradas, frustrando o resultado de suas reclamações. Com isso os brasileiros, de um modo geral, acabaram perdendo o hábito de reclamar, preferindo assumir os prejuízos causados. Essa atitude passiva passou a ser muito bem explorada por empresas fornecedoras de produtos e serviços que tem por objetivo enganar seus clientes/consumidores. No entanto, encontramos empresas muito bem intencionadas e sérias que buscam sempre a satisfação de seus clientes/consumidores, dando sempre uma atenção especial, tratando seu cliente/consumidor como deve ser, ou seja, como Bendito Cliente.

Também em outras ocasiões, como veiculações de comerciais televisivos que julguei ofensivos aos telespectadores, com tendências específicas para criar opinião que seja conveniente para seus produtos e serviços. Ainda abordo assuntos relacionados com o velho hábito da cultura brasileira, de levar vantagem em tudo, com aplicações de golpes disfarçados, tanto da parte do govêrno como das empresas e da própria população. Todos os dias surgem novos golpes no mercado, que, até serem identificados como tal, lesam muitas pessoas de boa fé.

Com isso, achei que seria interessante chamar a atenção para uma atitude mais ativa e positiva, procurando sempre dirigir-se diretamente às pessoas que realmente podem resolver o problema, e fazê-lo firmemente e até de forma ousada, para que fique bem claro que a pessoa está realmente disposta a ir até o fim, e, se necessário for, ajuizar uma ação na justiça. Esta atitude firme e determinada normalmente intimida os responsáveis pela empresa, fazendo com que tomem uma providência imediata. Claro que existem situações que acabam não funcionando, mas isso deixa bem claro que se trata de uma empresa e pessoas de má-fé, que estão no mercado para prejudicar realmente seus clientes/consumidores e que, mais cedo ou mais tarde, acabarão desaparecendo do mercado, deixando, infelizmente, um rastro de prejuízos para muitas pessoas.

"O maldito Cliente" tem por objetivo contribuir para uma mudança na atitude, tanto de clientes/consumidores como de fabricantes de produtos e prestadores de serviços, para que, aquêles que ousarem investir em seus produtos e serviços, sejam, na realidade, tratados como "Benditos Clientes".

Álvaro Magri



Outro assunto que começou a me incomodar muito, foi o estado de conservação das calçadas (passeio público). Como moro em São Paulo e gosto de caminhar, quando saía tinha que andar, muitas vêzes pelo meio da rua, porque as calçadas são intransitáveis. Então comecei a fotografar e preparei um projeto para propor um plano de restauração das calçadas à Prefeitura de São Paulo. O projeto recebeu o título de "São Paulo à pé".  Apresentei a alguns políticos mas percebi que não houve qualquer interesse, principalmente porque minha sugestão para restaurar as calçadas não prevê verba pública. Então decidi transformar em livro, porque de qualquer forma, o projeto serve para qualquer cidade brasileira. 

O livro recebeu o título "Andando...? pelas calçadas do Brasil". 

Veja a seguir:

Sinopse:

"Andando...? pelas calçadas do Brasil"

Andar pelas calçadas, em qualquer cidade do Brasil, é como participar de uma olimpíadas, pois requer muito treinamento, resistência física, concentração e muito cuidado, mas mesmo assim o risco de acidente é iminente.

Infelizmente os brasileiros criaram uma cultura em que acham ser donos do patrimônio público (literalmente são donos), porém o uso comum de certas coisas deve ser feito com respeito, principalmente aos demais usuários. Isso não ocorre com as calçadas, pois cada um acha-se dono da calçada em frente ao seu terreno e a utiliza de acordo com suas conveniências, desprezando os demais usuários. Com isso nascem rampas, degraus, buracos, inclinações, rebaixamentos, avanço sobre a via pública, etc. tudo de acordo com sua conveniência. Ao invés de adaptar seu terreno de acordo com a calçada, faz o inverso, adaptando a calçada de acordo com seu terreno.

Somente na cidade de São Paulo mais de 100.000 paulistanos, por ano, procuram um pronto socorro com problemas causados por acidente, decorrente do mau estado de calçadas. Certamente muitas outras dezenas de milhares, que também se acidentam, preferem não procurar um pronto socorro. Isso é um verdadeiro absurdo. Quanto custa tudo isso para o estado/município/contribuinte? Considerando o pessoal necessário para o atendimento, instalações adequadas (??), equipamentos, material para atendimento, medicamentos, etc. sem falar que muitas dessas pessoas deixarão de trabalhar por alguns dias e que necessitarão de outras pessoas para ajudá-las em sua locomoção. Com isso deixarão de andar para utilizar o automóvel afim de locomover-se e isso implica em mais automóveis em circulação, mais consumo de combustível, mais poluição, mais problemas, etc.

Tudo isso faz com que pessoas idosas, aposentados e demais pessoas, que poderiam usufruir de uma boa caminhada diária, não o façam, com mêdo de sofrer um acidente. As consequências dessa falta de hábito são catastróficas, pois essas pessoas ficam em casa, sentadas diante de uma TV, comendo e bebendo, normalmente, porcarias (salgados, frituras, refrigerantes, etc.), além de alimentarem suas mentes também com porcarias, baixa auto-estima, depressões, etc. e entupindo-se de remédios, pois uma vida sedentária leva a vários tipos de problemas de saúde. São pessoas que só saem de casa para ir ao médico ou ao posto para retirar mais medicamentos. Portanto, além dos problemas de saúde com grande parte da população, mais atendimentos, materiais e pessoal para atendimento, medicamentos, etc. são necessários, e quem paga tudo isso é o contribuinte, além, é claro, de uma qualidade de vida precária, com redução da expectativa de vida.

O objetivo do livro, portanto, é levar ao conhecimento de políticos, órgãos públicos, prefeituras, etc. mas principalmente ao contribuinte que não está fazendo a sua parte, ou seja, mantendo o patrimônio público em condições de atender as necessidades da população, que é um direito de todos o uso do patrimônio público, e é um dever de todos, sem exceção, de preservar e manter o patrimônio público em condições de uso.

Os brasileiros sonham em fazer parte do primeiro mundo, mas acho que antes da prosperidade econômica e financeira, de uma política séria (pois nossos políticos são reflexos dessa postura destrutiva e falta de respeito pela coisa pública), teremos que mudar nossos hábitos e atitudes, diante de tudo aquilo que reflete nos demais contribuintes, ou seja, educação e respeito.

Álvaro Magri

Bouquet, 12 Pike St, New York, NY 10002, 1-541-754-3010
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